5 minutos de leituraEntenda como funciona o sono polifásico
Você costuma sentir que as 24 horas do dia não bastam para tudo o que quer e precisa fazer? Ainda mais se levarmos em conta que passamos mais de um quarto desse dia dormindo?
Desde um bom tempo atrás, muitas pessoas têm buscado meios de ganhar horas do dia aplicando uma técnica hoje conhecida como sono polifásico, que causa importantes debates na área da neurologia, sobre a saúde e produtividade em geral.
Quer desvendar os mistérios dessa prática? No post de hoje vamos mostrar como funciona o sono polifásico, quais são seus benefícios e malefícios. Confira:
Afinal, o que é o sono polifásico?
O sono polifásico é uma técnica que fraciona o sono em períodos menores durante o dia, tentando manter o descanso necessário para a manutenção saudável das atividades.
Muitas figuras históricas foram adeptas do sono polifásico. A lista conta com Leonardo da Vinci, o inventor Nikola Tesla, o político Winston Churchill e o escritor Honoré de Balzac.
Para discutir a técnica com certo contexto, vale lembrar que fase mais reparadora do sono é a R.E.M., onde há uma atividade cerebral intensa na ativação de neurotransmissores fundamentais para a saúde psicológica e física. É nessa fase do sono que ocorre a maior parte dos nossos sonhos, ao mesmo tempo em que o corpo fica paralisado, evitando o desgaste muscular.
E quando se pratica o sono polifásico, seus defensores argumentam que nosso cérebro vai mais diretamente ao sono R.E.M., como uma forma de autopreservação, sem gastar tanto tempo nas demais fases, as chamadas NREM, que não possuem uma capacidade reparadora supostamente tão profunda. Assim, essa técnica consegue levar o corpo mais vezes ao dia até o sono com maior capacidade restauradora.
Quais as principais técnicas do sono polifásico
O corpo passa por um importante estágio de adaptação quando alguém se torna adepto do sono polifásico. Uma vida de sono monofásico, que dura de 6 a 8 horas ao dia, causa uma dependência dessas horas médias.
Muito se argumenta que devem haver etapas dentro da tática, a começar pelo sono bifásico, que já foi comum em épocas passadas. Acredita-se, por exemplo, que durante a Idade Média as pessoas se recolhiam cedo para jantar, logo quando o Sol se punha, e acordavam ao meio da noite para fazer suas orações e interagir em família.
Os idosos também costumam ser notórios adeptos do sono polifásico, pois sua necessidade média de sono durante noite é menor, mas se cansam com mais facilidade durante suas atividades do dia.
Em alguns países, a prática da sesta – ou seja, tirar um cochilo após o almoço – também é muito comum. O sono bifásico ajuda a compensar o cansaço pelo sono mais curto durante a noite.
Depois do sono bifásico, outra técnica é o sono everyman, onde se dorme 3 horas durante a noite seguido de mais 3 cochilos durante o dia, separados por 4 horas de diferença, com em média 30 minutos.
O método chase emprega três cochilos diários de 2 horas divididos entre dia, noite e madrugada.
Já no método dymaxion, o adepto dorme 30 minutos a cada 6 horas. No uberman, 20 minutos a cada 4 horas.
Argumentos contra e a favor do sono polifásico
O sono ainda é um dos principais mistérios do corpo humano. Não há estudos aprofundados a respeito de uma parte grande dos argumentos apresentados por ambos os lados, mas alguns dos principais são:
Argumentos favoráveis ao sono polifásico:
Faça mais com menos
O sono polifásico uma maneira de educar seu corpo, tanto para ficar mais desperto e produtivo quanto para dormir com mais qualidade em menos tempo.
Use melhor seu tempo acordado
As mudanças no ritmo de vida acabam exigindo fases mais ou menos ativas, e os cuidados com a saúde podem ser tomados de outras maneiras durante as horas extras que foram ganhas com o sono polifásico.
Somos “feitos para dormir menos”
Os defensores da técnica também argumentam que a humanidade dormia menos em outros períodos de sua história, mesmo praticando atividades muito mais pesadas.
Argumentos desfavoráveis ao sono polifásico:
A produção de hormônios é afetada
O principal argumento desfavorável ao sono polifásico diz respeito ao ritmo circadiano, que regula a produção hormonal e a vida de maior parte das criaturas. O descompasso na frequência do sono pode afetar a produção de hormônios importantes, como a melatonina.
Os níveis de cortisol aumentam
Outro argumento questiona se a atenção extra do adepto do sono polifásico durante o dia não seria produto do excesso de cortisol, que mantém acordado mas também gera estresse, e no médio ao longo prazo pode causar distúrbios – não só psicológicos, como cardíacos e hormonais.
O mundo em que vivemos hoje é monofásico
Os horários comuns, não só de trabalho como de convívio das pessoas, são baseados em uma rotina monofásica, o que pode acabar alienando o adepto de uma série de atividades sociais. Além de que a perda de uma soneca do ciclo pode ser o suficiente para causar um descompasso considerável no dia a dia do praticante.
E você, o que pensa do sono polifásico? Já tentou ou gostaria de praticar? Compartilhe sua opinião nos comentários. Aqui no blog da F.A. Colchões você desvenda diversas curiosidades sobre o sono. E não importa quantas fases ele tenha: o conforto durante o sono é indispensável para se ter uma boa qualidade de vida!